quarta-feira, 24 de julho de 2013

Nós Sem Medo Estamos Por Aí

     Não tem mais "Não", não pode dizer que não podemos, oprimir não vai adiantar de novo porque agora temos memória. Nós estamos por aí sem medo, sem medo por aí, lá, ali e aqui. A décadas tenta nos eliminar, mas não morremos, somos o povo, voltamos por causa do choro, e estamos aqui pelo suor que pinga enquanto você vadia. Não dá pra dizer sua cor, se é verde e amarela, se vermelha e azul ou preta; sua forma é indefinida, hora usa chifres de bode, ora usa mitras douradas, ora está de terno e gravata.
     Nova esperança de ser independente de verdade, não será feito com a assinatura de uma princesa e nem brotará um herói do chão, somos nós, eu que escrevo, aquele que lê, e quem faz acontecer. Sem esperança em sorte porque nessa frase também tem a morte, as praças do mundo repletas de sorrisos, chegaremos lá. Hoje somos uma cidade, amanhã seremos também o campo, as indústrias e os palácios dentro da evolução, revolução onde as vitrines não tem mais sentido, logo vestiremos o que quisermos vestir.
     Dá pra espalhar que "apesar de você amanhã há de ser outro dia", dessa vez é pra valer, despertamos sem medo, disfarçamos a dor, nos desprendendo dá mágoa que nem vivemos. Hoje precisamos estar com as câmeras atentas, amanhã estaremos com as mãos nos bolsos com um sorriso que não conhecemos, o real. Por dentro você nos fez cacos, agora começamos a nos reconstruir em doses lentas e cada vez mais fortes, mais forte que M.P.L., e mais forte que qualquer outro país.
     Não nos vemos naquelas vitrines, não somos manequins, foi bom ver você quebrar os vidros, atear fogo nos bonecos e colocar a culpa em nós, o resultado disso foi um outro significado, significa o quanto vale o ser humano. Somos uma multidão que daqui a anos nos assistiremos desfilar com camisas diferentes das que são mais caras que a gente, agora relaxe e nos veja passar.

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